domingo, 27 de setembro de 2009

POLIAMORISMO

A coexistência de duas ou mais relações afetivas paralelas, nas quais as pessoas se aceitam mutuamente, motiva a partilha de bens em três partes iguais, segundo decisão inédita por um juiz de Rondônia. Em Ação Declaratória de União Estável, o juiz Adolfo Naujorks, da comarca de Porto Velho, determinou a divisão dos bens de um homem, entre ele, a esposa com quem era legalmente casado, e a companheira com quem teve filhos e conviveu durante trinta anos. O juiz fundamentou sua decisão em entendimento da psicologia que chama essa relação triangular pacífica de poliamorismo.
Essa decisão sinaliza uma mudança muito bem vinda nas relações interpessoais. Aproxima-se o dia em que homems e mulheres entenderão que a exigência de exclusividade é incompatível com a autenticidade do amor. Quando amamos realmente alguem, reconhecemos sua liberdade, inclusive para desejar e amar outras pessoas.
É possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Tento responder com duas perguntas: podemos não gostar de várias pessoas ao mesmo tempo? Se não há limite para o desamor, por que há limite para o amor?

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