segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Oito de março, dia internacional da mulher. Não gosto deste dia. Sua existência e a pouca importancia dada ao dia internacional do homem denunciam que ainda somos o segundo sexo. Também acho muito chato ficar recebendo parabéns pelo simples fato de ser mulher. Ser mulher não é uma questão de escolha. Os seres humanos só merecem homenagens por suas atitudes e não por, simplesmente, serem pais, mães, professores, médicos, homens, mulheres, etc.
As mulheres merecem homenagens por suas atitudes? As mulheres que conheço continuam perpetuando, através da educação de seus filhos e filhas, as desigualdades de gêneros. Continuam acreditando que só se realizam como mulheres se casarem. Por isso, continuam abrindo mão de sua liberdade sexual para não perderem a oportunidade de serem escolhidas por algum homem. Lembrem que homens não escolhem mulheres livres!
As mulheres que conheço não conversam sobre política, economia, feminismo, ecologia, cultura, arte ou outros assuntos importantes. Conversam apenas sobre cabelo, roupas, receitas e sobre os "defeitos" de suas empregadas domésticas. As mulheres que conheço lêem livros de auto-ajuda. Do jornal, lêem apenas o caderno de fofocas. As mulheres que conheço baseiam seus posicionamentos políticos nos conteúdos das capas da revista Veja. As mulheres que conheço lotam as igrejas e os templos e respaldam as religiões que são suas piores inimigas. É por essas e outras que as mulheres que conheço não merecem homenagens por suas atitudes. Mas ainda sonho com o dia em que serão merecedoras!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

INFIDELIDADE MELHORA A AUTOESTIMA DOS HOMENS. QUEM SABE, NO FUTURO, MELHORE A DAS MULHERES TAMBÉM!

Na página da uol, há um comentário sobre o lançamento do livro de Maryse Vaillant. O comentário diz o seguinte: Maryse Vaillent, uma das mais famosas psicólogas francesas da atualidade, causou polêmica ao defender, em livro recém-lançado na França, que a infidelidade masculina faz bem para o relacionamento e para a autoestima do homem. A autora afirma que para a maioria dos comprometidos a infidelidade é quase inevitável e que, apesar de pularem a cerca, eles não deixam de amar suas mulheres. A autora diz que os homens que não tem casos extraconjugais podem ser portadores de uma fraqueza de caráter, por negarem as suas vontades.
Discordo da autora quando ela considera portadores de fraqueza de caráter os homens que não tem casos extraconjugais. Acho que do mesmo modo que a fidelidade não deve ser imposta, a infidelidade não deve ser imposta também. Acho, realmente, que esta não é uma questão moral.
No mais, concordo totalmente quando ela diz que ter casos extraconjugais melhora a autoestima dos homens. Ter desejos e poder satisfazê-los melhora a autoestima. Isto acontece não só na vida sexual de cada um, mas também na vida sentimental, profissional, etc. A autora também está certa quando diz que apesar de os homens pularem a cerca eles não deixam de amar suas mulheres. Também acho que o amor por uma pessoa não impede o desejo por outras. É preciso separar sexo de sentimento. E os homens sabem fazer isto. É possível, inclusive, amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Muitas vezes de maneiras diferentes, mas sim, é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Simone de Beauvoir acreditava que não são os indivíduos que são responsáveis pelo malogro do casamento: mas a própria instituição , pervertida desde a origem. Declarar que um homem e uma mulher devem bastar-se de todas as maneiras e durante toda a vida é uma monstruosidade que engendra hipocrisia, mentira e infelicidade. Ela apostava em casais equilibrados em que as noções de vitória e derrota dariam lugar a uma idéia de reciprocidade. Acho que ela quis dizer liberdade recíproca. Concordo totalmente com a inspiradora deste blog. Acrescento que exigir do parceiro exclusividade e controle dos desejos sexuais e sentimentais é demonstração de egoísmo e não de amor.
Não somos informados se a autora comenta sobre os casos extraconjugais femininos e seus efeitos. Na minha opinião ter casos extraconjugais deveria aumentar a autoestima da mulher também. Não é isto que acontece. Por que? O homem, desde pequeno, é estimulado a ter uma vida sexual rica, intensa. Com a mulher acontece o contrário. Ter uma vida sexual intensa pode significar a perda da chance de conseguir um parceiro, um marido. E isto, para a mulher brasileira ainda é um bem maior. Maior do que a própria liberdade. Um caso extraconjugal pode significar a perda do marido tão precioso. Repressão explícita não seria tão eficaz quanto esta ameaça de não ser escolhida para casar ou de perder o marido. Enquanto a mulher atribuir ao casamento tamanho valor, não poderá curtir plenamente a sua sexualidade. E sem liberdade mútua, um casal jamais experimentará a plenitude do amor.
Mas há exemplos de ousadia. No comentário da uol, é citada uma frase da roqueira baiana Pitty: "Meu grilo não é o meu parceiro sentir desejo por outra pessoa. É o fato de eu não saber. Eu quero me sentir incluída. A mina é massa? É gostosa? Me leva junto!" Isto sim é que é autoestima!

domingo, 3 de janeiro de 2010

CAPA REVELADORA

A reportagem de capa da revista Época número 605, de 21 de dezembro, é sobre o lançamento do livro da escritora irlandesa Karen Armstrong, Uma defesa para Deus. O livro tem como objetivo defender a religião das críticas severas feitas pelos pensadores ateus. Estes, há alguns anos, vem lançando livros, viabilizando debates, gravando documentários e até fazendo campanhas contra as religiões em ônibus de algumas cidades da Europa. São os ateus militantes ou os novos ateus. Aproveito a oportunidade para indicar alguns destes livros: Deus um delírio, escrito por Richard Dawkins, deus não é grande, escrito por Christopher Hitchens, A morte da fé e Carta a uma nação cristã, escritos por Sam Harris, Tratado de ateologia, escrito por Michel Onfray, Quebrando o encanto, escrito por Daniel Dennett e Infiel, escrito por Ayaan Hirsi Ali.
Quem escreveu a matéria afirma que o livro de Karen Armstrong é um alento para os que creem, um trabalho denso que resgata a relevância que a modernidade roubou às religiões. Não li o livro, mas vamos tentar encontrar a tal densidade em alguns trechos selecionados para a matéria. "Os ateus, infantilmente, concebem Deus como um ser poderoso que os homens não conseguem enxergar." É preciso muito cinismo para afirmar que os cristãos, os judeus e os mulçumamos não concebem Deus como este ser poderoso que eles não conseguem enxergar! Estes grupos acreditam sim que Deus é um ser poderoso que tudo ouve e tudo vê. Aliás, parece que Deus é o maior voyeur de todos os tempos, pois fica observando até a vida sexual das pessoas. "A religião não existe para explicar a origem do universo." Mas bem que tenta! Os livros sagrados tem historinhas mentirosas e bobinhas sobre a origem do universo e do Homem. O pior é que muitas pessoas ainda acreditam nelas. "A religião nos ajuda a lidar com os aspectos da vida para os quais não existem respostas fáceis: a morte, a dor, o sofrimento, as injustiças da vida e as crueldades da natureza." Se você tem um filho, de mais ou menos 6 anos, que morre de câncer, depois de passar um ano em um doloroso tratamento e se contenta com a explicação de que isso aconteceu porque Deus quis e ainda entrega esse filho morto a Deus e agradece a ele sabe-se lá porque, de duas uma: ou você não tem amor nem respeito por esse filho ou você não tem neurônios no cérebro! "A razão pode até curar o câncer, mas não nos ensina a agir ao receber seu diagnóstico nem nos ajuda a morrer em paz." Se eu estou com câncer e o médico me diz que para este câncer há 50% de chances de cura, por que devo supor que esse ser poderoso irá me colocar no grupo dos 50% curáveis? Por acaso sou melhor do que as pessoas do grupo dos 50% não curáveis? E quando se trata de crianças, como esse ser poderoso escolhe quem irá e quem não irá sobreviver? Quais são seus critérios? Não!!! Eu me recuso a ficar refém desta loteria divina. É muito mais tranquilizador confiar nas estatísticas. É hora de dar crédito a quem realmente merece! A ciência é que faz as pessoas viverem mais e melhor, as religiões só atrapalham e depois roubam os milagres da ciência! Quanto a morrer em paz, eu, sinceramente, não vejo os religiosos desejando, aceitando ou comemorando a sua própria morte ou a morte das pessoas de quem gostam. Deveriam, pois para eles deveria significar a aproximação do encontro com Deus. Ou será que todos acham que irão para o inferno? Talvez, afinal ninguém vive segundo as escrituras sagradas! Eu, se fosse religiosa, morreria extremamente intranquila, pois não saberia se iria para o céu, para o inferno ou para o purgatório e não desejaria ir para nenhum dos três lugares, já que, baseando-me na imaginação popular, é claro, nenhum deles parece um lugar atraente, muito menos o céu que é uma monotonia só!
E eu pergunto: cadê a densidade do livro? Há outros trechos na matéria mas bastam estes para concluir que ver um debate entre qualquer um dos ateus citados acima e Karen Armstrong é como ver uma partida da atual seleção brasileira de voley masculina com uma seleção amadora de voley, ou seja, não tem graça. As argumentações de Karen a favor das religiões não resistem ao menor sopro de racionalidade dos ateus. Então vou parar por aqui. A Época elogiou muito o livro, mas cometeu um ato falho. Escolheu uma capa que mostra o céu com umas nuvens, o sol brilhando atrás e a palavra DEUS entre as nuvens e o sol. Nada mais revelador do que é Deus: apenas uma palavra, nada mais!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SEXO A TRÊS

Em novembro de 2009, li que uma cena da temporada da série Gossip Girl deu o que falar nos Estados Unidos. No episódio, uma sugestão de sexo a três gerou polêmica. Nela, três jovens personagens aparecem sentados no chão, bebendo e lendo o jornal da faculdade, que traz uma lista de coisas que todos os estudantes deveriam fazer- entre elas, sexo a três. Olívia e Dan, então, começam a se beijar. Em seguida, Olívia beija Vanessa que beija Dan. Na cena seguinte, os três aparecem em uma cama juntos. O Parents Television Council- conselho de pais americanos que monitora a programação de TV- preocupados com a repercussão do episódio entre os adolescentes, pediu que a cena não fosse exibida. "Vocês serão cúmplices em estabelecer um precedente de que os adolescentes devem adotar comportamentos associados a filmes adultos." O porta voz da emissora afirmou que a série é voltada para o público de 18 a 34 anos e manteve a cena.
Gostaria de saber quem estabeleceu que sexo só a dois e não a três, a quatro... ou que a três é coisa de adulto e não de adolescente. Quem faz sexo a dois pode também fazer sexo a três e isso inclui os adolescentes. Acontece que os adultos acham que devem transferir seus próprios tabus para as crianças e adolescentes. Por exemplo, eles se recusam a falar com as crianças sobre a homossexualidade. As crianças crescem achando que homem só namora com mulher e mulher com homem. Como esperar que, quando estas crianças se tornarem adultas, não tenham preconceitos contra os gays? Não adianta criar para as crianças e para os adolescentes um mundo que não existe. Os adultos devem mostrar o mundo tal qual ele é e não tal qual eles acham que tem que ser. Se o adulto não se sente livre para fazer sexo a três, ele deve, pelo menos, ser honesto e dizer que há pessoas que fazem e gostam e que o jovem é quem vai decidir se quer ou não e quando vai querer ou não. Se os adultos não orientam os jovens, estes aprenderão com as pessoas menos preparadas, ou seja, com outros jovens tão desinformados quanto eles.
Para procriar é conveniente o sexo a dois. Mas para ter prazer não há limite. Eu, particularmente, acredito que o sexo a três é mais prático, tanto para um relacionamento duradouro (ménage à trois) quanto para uma transa casual. Não vou falar, agora, sobre o ménage à trois. Vou falar apenas do sexo a três casual.
No sexo a três, comparando com o sexo a dois, os estímulos visuais são mais. É como comparar a visão de um céu muito estrelado com um céu pouco estrelado. Os estímulos táteis também são mais. É como comparar um banho de cachoeira com um banho de chuveiro. Existem duas situações: numa, os três participantes não tem ligações sentimentais entre si e, na outra, há ligação sentimental entre dois dos três, tipo, um casal de namorados inclui uma terceira pessoa. Ambas as situações são muito prazerosas. Mas a segunda é também uma oportunidade de rever conceitos. É lógico que quem topa experimentar já é uma pessoa diferenciada. Mas passar pela experiência ratifica esta diferença. Ver seu parceiro transando com outra ou transar com outro na presença do parceiro, além de excitante, é uma oportunidade de ver com os próprios olhos e sentir na própria pele a separação entre sexo e sentimento. Porque se percebe que, mesmo amando o parceiro, sente-se prazer com outro ou vendo o prazer do parceiro com outra. Esta separação entre sexo e sentimento fica ainda mais nítida no dia seguinte, quando os companheiros estarão ainda mais apaixonados um pelo outro. É como um reconhecimento pelo prazer que foram capazes de proporcionar um ao outro. É também uma oportunidade de experimentar uma cumplicidade e uma intimidade que os defensores da monogamia e da exclusividade sexual jamais experimentarão. É realmente algo que todos deveriam fazer. É uma chance de desmitificar o sexo.
O pior é que quem é contra nunca experimentou ou experimentou mas levou, para fazer companhia aos três, outros companheiros: tabus, possessividade, insegurança, egoísmo e vaidade extrema. Por isso, para uma ocasião como esta, leve apenas os outros dois participantes e a vontade de dar e ter prazer!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PARABÉNS SUÍÇA!

Todas as revistas semanais comentaram sobre o referendo, proposto pela direita, que ocorreu na Suíça, para aprovar ou não a proibição da construção de mesquitas com minaretes. Para surpresa mundial, os suíços aprovaram a proibição. A intenção é conter a expansão do islamismo. Não faltaram críticas.
Não deveria ser surpresa. Todo país que valorize a democracia deveria ser contra a expansão de uma religião que, no mínimo, não respeita as liberdades individuais. Mas foi surpresa porque, normalmente, o mundo é condescendente com os crimes com motivação religiosa. Parabéns Suíça! Fosse eu, que sou de esquerda, desta vez teria votado como direitista.
Sou sincera. Acho que pensaria em mudar de país se o meu fosse invadido por mulçumanos. E não venham dizer que é preconceito. Preconceito seria se eu não soubesse o que é ser mulçumano, não soubesse no que eles acreditam, não soubesse o que eles fazem. Mas eu sei o que é ser mulçumano, sei no que eles acreditam, sei o que eles fazem, mesmo os mais pacíficos. Por isso não os quero por perto. Sinceramente, vocês querem?
O respeito pelos direitos humanos é condição fundamental para tolerarmos determinado grupo. Você toleraria um nazista? Então, por que tolerar carcereiros de mulheres, mutiladores de mulheres e apedrejadores de mulheres? Por que tolerar assassinos que fazem de crianças e mulheres escudos humanos? Os nazistas acreditavam na superioridade dos arianos e por isso decidiram exterminar quem não pertencia a esta "raça". Os mulçumanos acham que quem não acredita em Alá, ou seja, quem é infiel, deve morrer. Qual a diferença? A diferença é que o nazismo não é religião. Se o nazismo fosse uma religião, seria lembrado como é lembrada a inquisição, sem nenhuma revolta aparente. Hoje ninguém pode usar uma suástica, mas pode andar com um crucifixo pendurado no pescoço! E não venham dizer que é porque o nazismo aconteceu recentemente. A inquisição rolou até mais da metade do século IXX.
Toda semana, somos informados de que homens-bomba se explodem matando, principalmente, mulheres e crianças. Eu acho que quanto mais as religiões mostrarem suas caras, mais as pessoas perceberão o quanto são prejudiciais. Acho péssimo quando os líderes religiosos vestem suas religiões com a máscara da modernidade. Roubando um pouco da inspiração do Cazuza, eu diria: religiões mostrem suas caras! Quero ver quem serão seus sócios! Conto com o islamismo para acabar com esta descabida tolerância religiosa ilimitada.
Todos sabem que participo de uma batalha contra a influência das religiões. Batalha no campo das idéias, que fique bem claro! Portanto, tenho o direito de desejar que se eles querem se explodir, que se explodam lá, na terra deles. Aqui não violão! O pior é que, em São Paulo, está havendo um crescimento do número de mulçumanos nas periferias. Lula recebeu o presidente do Irã aqui no Brasil e defendeu o direito do Irã de desenvolver energia nuclear. Por isso não conto com um referendo para impedir a expansão do islamismo aqui no Brasil. Só posso contar com os cristãos. Espero que eles tomem suas conhecidas providências para não perder fiéis. Sou contra todas as religiões, mas entre cristãos e mulçumanos, fico com os cristãos, de preferência os não praticantes!

domingo, 29 de novembro de 2009

HOMEM É DE GUERRA E MULHER É DE PAZ.

Homem é de guerra e mulher é de paz. É mais uma característica para compor o que se define por feminilidade. Ser feminina é ser de paz, ser dócil, ser romântica, ser fiel. Bem conveniente, não?
Simone de Beauvoir disse em O SEGUNDO SEXO: "Contra toda afronta, contra toda tentativa de reduzi-lo a objeto, o homem tem o recurso de bater, de se expor aos golpes; não se deixa transcender por outrem, reencontra-se no seio de sua subjetividade. A violência é a prova autêntica da adesão de cada um a si mesmo, a suas paixões, a sua própria vontade, recusá-la radicalmente é recusar-se toda verdade objetiva, é encerrar-se numa subjetividade abstrata... Um homem pode por o mundo em discussão sem cessar, pode a cada instante insurgir-se contra o que lhe foi dado e tem, portanto, a impressão, quando o aceita, de o confirmar ativamente, a mulher não faz senão suportá-lo: o mundo define-se sem ela e tem um aspecto imutável. Essa impotência física é traduzida por uma timidez mais geral: ela não acredita numa força que não experimentou em seu corpo; não ousa empreender, revoltar-se, inventar: votada à docilidade, à resignação, não pode senão aceitar na sociedade um lugar já preparado".
Olhando a situação da mulher no mundo atual, nada mais se torna tão maléfico quanto espalhar a idéia de que mulher é de paz. Muitas mulheres ainda precisam gerrear para conquistar sua liberdade. Na arena social e sexual, temos que aprender a nos defender e a atacar. Temos que recusar as características culturais, propositadamente assumidas como biológicas, que nos impuseram até hoje. Estas características não nos beneficiaram. Devemos construir uma nova idéia do que é ser mulher que, no meu ponto de vista, não difere muito daquilo que é ser homem.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PAPO DE MULHER

Segundo dados do IBGE, a taxa de pobreza, aqui no Brasil, diminuiu 11,8%, desde 2002. Marcio Pochmann, presidente do IPEA, baseado nesses números do IBGE, estabeleceu a relação entre as crises econômicas e a pobreza. Ele lembrou que em outros períodos de crises, os pobres foram os mais atingidos, coisa que não aconteceu neste último período. Em crises anteriores, o salário mínimo chegou a perder 33,6% do poder aquisitivo. Nesta última crise manteve-se 8% superior. Este fato e outras ações de garantia de renda para os pobres fizeram com que a taxa de redução da pobreza se mantivesse. Mas as participantes do SAIA JUSTA não dariam importância a este fato!
Nesta última quarta-feira, criticaram o Lula pelo fato de ele ter recebido o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadnejad. "Não pode receber um presidente eleito através de um processo eleitoral fraudulento". O engraçado é que quando o Brasil acolheu, na embaixada, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, deposto através de um golpe de estado, elas criticaram o Lula. Não concordei com a vinda de Mahmoud Ahmadnejad, mas acho que elas usam dois pesos e duas medidas. O que importa é criticar o Lula. O que importa é criticar os políticos, mas é claro que o Lula é o alvo preferido. Um casal caiu num poço profundo quando o piso de sua cozinha desabou. "A culpa foi do governo". Perguntaram, umas para as outras, com desdém explícito, se iriam ver o filme sobre o Lula. Responderam, com o mesmo desdém, que não. E para finalizar os comentários políticos, falaram sobre o episódio em que Caetano Veloso chamou Lula de analfabeto. Uma atitude preconceituosa que jamais seria tomada por um verdadeiro intelectual. A mãe de Caetano, dona Canô, pediu desculpas, pelo filho, em público, ao presidente. As participantes do programa comentaram que o Lula ligou para dona Canô para dizer que desculpava Caetano. Elas não criticaram Caetano, mas criticaram o Lula por ter ligado para dona Canô. Bete disse que , diante da atitude de Lula, estava com vontade de vomitar.
Nesta hora, eu que tive vontade de vomitar. É por isso que eu prefiro ouvir homem falando de bunda de mulher do que ouvir mulher falando de política. Que me desculpem as raras politizadas! Aliás, por favor, apareçam!