sábado, 10 de outubro de 2009

O SILÊNCIO DOS CÚMPLICES

Esta semana, no Paquistão, houve uma explosão de um carro bomba. O carro estava numa área movimentada. Várias pessoas ficaram feridas e, aproximadamente, 50 pessoas morreram. Entre as que morreram, havia mulheres e crianças. A televisão, o rádio, os jornais e a internet relataram o acontecimento. Todos os dias são transmitidas notícias semelhantes.
A suspeita era de que a autoria desse crime covarde, teria sido do grupo talebã. Mas o que motiva o grupo talebã? A resposta é simples: a RELIGIÃO. É ela a verdadeira vilã. Por que os jornalistas e "intelectuais" não denunciam a incentivadora desse e de tantos outros atos que prejudicam a humanidade? Eles dizem: o problema não é a religião, mas o fundamentalismo religioso, o radicalismo. Seria estranho se os autores do crime fossem radicais no respeito pela vida humana, fossem radicalmente éticos ou fossem radicalmente generosos. Infelizmente eles não são assim, eles são radicalmente religiosos. Seria muito estranho saber que esses assassinos lêem a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Infelizmente eles não a lêem, eles lêem o corão, a bíblia e outros livros sagrados. Mas ninguém ousa criticar a religião. Por que?
A resposta também é muito simples. Se eu tenho as minhas crenças, como vou criticar as dos outros? Se eu digo que determinada crença é insana, como vou defender a minha? Como disse Caetano Veloso: "... narciso acha feio o que não é espelho". Podemos inverter a frase: narciso acha bonito o que é espelho. Os religiosos são ums espelhos dos outros, todos tem o mesmo motor: a fé. Esse silêncio é um silêncio de cumplicidade. Felizmente sou atéia, não preciso calar-me.

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