quinta-feira, 1 de outubro de 2009

TRAIÇÃO

No programa SAIA JUSTA da quarta-feira, canal GNT, dia 23/09/09, foi discutida a seguinte questão: traição, saber ou não saber? Contar ou não contar?
Houve um consenso no debate entre as participantes. Todas trataram a traição como um crime com suas vítimas, algozes, danos e punições. "Há falsidade sempre que há regime coercivo. A proibição e o contrabando são inseparáveis, no amor como no comércio", diz Fourier. Um pouco de conhecimento sociológico, histórico e biológico basta para concluir que a fidelidade é culturalmente imposta, não é natural. O amor por uma pessoa não impede o desejo por outras. Esse desejo deve ser respeitado, afinal, não somos propriedades uns dos outros. Se há este entendimento, não cabem termos como traição, vítimas, algoz, punição. Não são muitos, mas existem companheiros que vivem assim; amam-se, mas são livres para outras experiências. Estas podem ou não ser compartilhadas... há liberdade para isso também. Mas, se não são compartilhadas, não há a fantasia de que não aconteçam. Então, o que há em um relacionamento como este? Há cumplicidade, maturidade, segurança e, para quem quiser experimentar, há mais erotismo e mais sensualidade.
Infelizmente a maioria das pessoas cobra a exclusividade. Assim, mais cedo ou mais tarde, serão vítimas ou algozes. Melhor saber ou não saber? Melhor contar ou não contar? Enquanto homens e mulheres não saírem do jardim da infância da sexualidade, melhor não saber, melhor não contar.

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